segunda-feira, 3 de agosto de 2015

AMAR MENTAR

Aproveitando a Semana Mundial da Amamentação, resolvo retomar as atividades do blog e já que estou submersa num universo cor-de-rosa de mamanhês, escolho falar sobre este ato, o de amamentar.

Sempre soube que desejava amamentar, e quando descobri que esperava a Giulia, já tinha todo um quadrinho mental de como seria este momento, e hoje posso dizer que ele é ainda melhor do que aquele que eu sonhei. Não tive dificuldades e aprendi muito sobre mim e sobre a bebê, especialmente nas primeiras semanas. Mas quando me inteirava das expectativas e ansiedades que rondam o universo da gravidez, escutava algumas mulheres me alertando de que poderia não ser um momento fácil, e que talvez fosse bem diferente daquele idealizado. 
Comecei a estudar o assunto e hoje vejo que muitas mulheres não conseguem amamentar; muitas com frustração, dor no peito (literalmente) e no coração. E estas, continuam sendo mães, igualmente como as que dão o próprio seio.

 Vejo que muitas mulheres, com muita dor acabam desistindo disso e com isso, algumas sentem muita frustração. O que quero chamar a atenção é para a função do corpo da mulher que me deixa encantada a cada dia e que talvez tenhamos deixado de lado, num mundo onde as pessoas são tão valorizadas pela estética, onde existe uma infinidade de "máquinas do tempo" capazes de deixar qualquer mulher de 40 com rostinho de 20. Tenho escutado algumas mulheres que dizem não querer amamentar, especialmente em função da estética, ou de abrir mão do corpo que tem.

É claro que a escolha do sujeito é sempre soberana, ter ou não ter filhos, morar aqui ou lá, fazer isto ou aquilo; e é com as consequências dela que ele vai lidar; o famoso "ser ou não ser, eis a questão".

O fato, é que invariavelmente o corpo durante uma gravidez vai mudar e também acho isso o máximo, porque acho incrível haver vida dentro de uma vida. Acho incrível como pode uma mulher abrigar um bebê, suprir, proteger, acalentar, tudo isso dentro do próprio corpo. 
E com isso, vem a função do seio, que antes de ser um atrativo sexual, é a de alimentar. E é mágico como o corpo consegue fazer isso; muitas vezes com mais de um dentro da barriga! É alta tecnologia! O próprio corpo produzir alimento para uma outra pessoa, um alimento que tem tudo que o bebê precisa, a qualquer hora, na temperatura certa, na produção certa, que transmite imunidade ao bebê, é algo, no mínimo encantador. Sem contar a parte do aconchego, do calor do corpo da mãe, do cheiro, do carinho, do vínculo.

Existem programas em algumas universidades que estimulam as avós a amamentarem quando a mãe é portadora de HIV. Lembro também de um programa que assisti certa vez, que mostrava a cantora Elba Ramalho dizendo que quando adotou sua filha, começou a produzir leite. É incrível o que a ocitocina é capaz de fazer. Por isso é tão importante que a mãe tenha assistência e ajuda, porque o aleitamento também exige cuidado com a mãe, que precisa produzir leite. Porque o leite da mãe, é sem dúvida, o melhor alimento que um bebê pode receber, e com isso, ele também vai receber muitos outros nutrientes que vem junto com o pacote.

Se você pensa em um dia engravidar, se você está grávida ou se você já tem um bebê e está com dificuldades, procure ajuda!

O que mais dificulta uma mãe que quer amamentar é a desinformação; e tem um monte de gente capacitada e pronta pra ajudar! Vale a pena! Uma mãe que amamenta, dorme em média 40 minutos a mais por noite do que a mãe que precisa preparar o complemento na mamadeira; pra quem está em privação de sono (e todo mundo que ganha bebê está); 40 minutos fazem bastante diferença! E essa é só uma das vantagens desse momento mágico. 

Que legal reinaugurar o blog que tanto gosto, agora falando do meu lado mãe (que sempre esteve aqui, mas que agora está sendo praticado). 
E quero mandar um abraço super apertado pra todos que me escreveram pedindo dicas e ajuda e dizer que vou colocar alguns links de sites que super ajudam quem está nesta "função". Função que faz fusão e que isso faz toda a diferença.

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