Todo ano, é a mesma coisa. A famosa frase: “o ano só começa depois do carnaval”. O que será isso? Será que se o carnaval fosse em julho, só começaria então, depois disso?
Afinal de contas, o que é isso que tem todo ano e parece que exorcisa o que há dentro de nós, pra daí a gente começar a pegar no batente?
Interessante a origem da palavra carnaval, ela se refere a um “adeus à carne”, como se a gente pudesse no carnaval, abusar dos prazeres da carne, é o aval para a carne e depois desse abuso pra daí se despedir e poder usar mais a cabeça. Qualquer tentativa antes disso termina em: “ah! Deixa disso, afinal é carnaval!”.
Carne, corpo. Esse é o segredo do carnaval, e o que o faz dele muito mais popular do que qualquer retiro espiritual. Famoso no mundo todo, festejado, quase sinônimo de liberdade, de lançar fora o recalque. Ah, aí é que está a questão. O corpo é o reduto das pulsões, onde tudo acontece, onde o cérebro comanda, manda e desmanda, onde as sensações acontecem, onde a gente somatiza, onde a gente sente. É físico e ponto final.
Não é a toa que a paixão é sempre idealizada. O que ela traz? Frio na barriga, coração batendo forte, rubor, pernas bambas. E todo mundo corre atrás dela. No carnaval então, mais ainda. Corpos a mostra, academias em alta, não há período mais concorrido pra se fazer tatuagens. Corpo é corpo. E as sensações que a gente sente nele, são registradas e jamais esquecidas. Estudos são realizados em prol desse fenômeno, pesquisas ao redor do mundo, milhões de dólares investidos pra saber o que acontece com a gente.
O que dizer da pele? Maior órgão do corpo humano, cheio de neurônios sensitivos que fazem perceber a menor diferença se algo encosta, e estamos falando de algo como uma pluma.
Sim, o carnaval é esse tempo de deixar pra lá as preocupações, de se envolver consigo mesmo e com os amigos e de deixar o corpo falar mais alto. Nessa época, os julgamentos são menos acentuados, e é uma brechinha pra poder falar: “ah, xô recalque, é carnaval!”.
O corpo, antes de mais nada, vem da pura necessidade, do corpo biológico, de um corpo que precisa ser cuidado quando bebê, mas que se transforma em corpo erógeno, a partir do que vem além do cuidado, um corpo inserido na linguagem, na memória, na significação e na representação que ele adquire, se adquire.
Buscamos loucamente o prazer. Estamos todo o tempo em busca de algo que nos traga mais do que o simples sobreviver, coisa que fazemos talvez durante todo o ano, mas que no carnaval, alguns de nós se permite ir um pouco além, e deixar uma marquinha que possa ser lembrada através do tempo e que possa fazer a diferença. O fato é, por que precisamos do aval de alguém para nos permitir extrapolar?
Pura neurose, regida pelo princípio do Superego. Estância que dá o aval ou não pra que a gente possa extravasar e jogar tudo pro ar, parafraseando a carnavalesca Cláudia Leite. Sentir com tudo o que o corpo possa permitir, sentir o prazer, ir além, chegar ao limite.
Puro sonho de carnaval.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
SOLIDÃO
Quem tem medo da solidão, solidão, solidão?
Quem tem medo da solidão? Lá lá lá lá lá lá.
Uma vez li que a solidão é perigosa, mas que não é contagiosa.
Antes fosse.
Uma vez que há contágio, quer dizer que é preciso contato, logo, não se está sozinho.
E quem tem medo dela? Será que alguém tem?
Todos temos medo da solidão. Todos. Uns mais, outros menos; mas todos nós, em algum grau, sofremos deste mal.
Uns, preferem se submeter a um relacionamento desgastado pra não se sentirem sozinhos... outros, combatem a solidão com uma porção de “amigos”, amigos que muitas vezes só servem pra sugar o que a gente tem, mas que com eles, tem barulho e acabo me convencendo de que não estou só...
Tem gente que tenta combater a solidão com a TV, e muitas reflito sobre esse papel que a TV tem de nos tirar um pouquinho daquela realidade que muitas vezes está tão sofrida e solitária. Aliás, já parou pra pensar que na prisão, quando querem castigar mais severamente algum preso eles o mandam para a “solitária”? Estar sem ninguém, não poder ser ouvido nem ouvir. Que castigo cruel. Pré-requisito pra loucura.
E que solidão é essa que se sente mesmo com a casa cheia? Que solidão é essa que dói no peito com o quarto fechado? É o silêncio que dói?
Outra vez, escutei uma música: “desilusão, desilusão... danço eu, dança você, na dança da solidão”....
Será que é a desilusão que traz a solidão? Quando me desiludo com alguém, aí a companhia perde a graça, e então, fico sozinho? Então quem sabe, a solidão seja uma escolha. Não existe um amigo que seja perfeito, mas só porque ele tem um defeitinho, ou defeitão, às vezes escolho perder o contato. E será que eu não posso me relacionar com ele apesar dos defeitos? Afinal, eu também os tenho.
Freud falou, há algum tempo sobre a dor do desamparo. Primeiro, somos jogados no mundo sem pedir para estar aqui, estamos submissos à vontade do Outro. Estar à mercê, estar sozinho nessa enxurrada de sentimentos, de fato, é muita falta de amparo pra humanos tão humanos, meros mortais como nós. Des – amparo, sentido na carne.
Já dizia Clarice Linspector:
“Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo”.
É verdade, a gente não sabe mesmo lidar com a solidão. E a gente implora, como implorou Clarice, pra que mesmo a solidão, nos faça companhia.
De fato, a solidão não é contagiosa, antes fosse.
Quem tem medo da solidão? Lá lá lá lá lá lá.
Uma vez li que a solidão é perigosa, mas que não é contagiosa.
Antes fosse.
Uma vez que há contágio, quer dizer que é preciso contato, logo, não se está sozinho.
E quem tem medo dela? Será que alguém tem?
Todos temos medo da solidão. Todos. Uns mais, outros menos; mas todos nós, em algum grau, sofremos deste mal.
Uns, preferem se submeter a um relacionamento desgastado pra não se sentirem sozinhos... outros, combatem a solidão com uma porção de “amigos”, amigos que muitas vezes só servem pra sugar o que a gente tem, mas que com eles, tem barulho e acabo me convencendo de que não estou só...
Tem gente que tenta combater a solidão com a TV, e muitas reflito sobre esse papel que a TV tem de nos tirar um pouquinho daquela realidade que muitas vezes está tão sofrida e solitária. Aliás, já parou pra pensar que na prisão, quando querem castigar mais severamente algum preso eles o mandam para a “solitária”? Estar sem ninguém, não poder ser ouvido nem ouvir. Que castigo cruel. Pré-requisito pra loucura.
E que solidão é essa que se sente mesmo com a casa cheia? Que solidão é essa que dói no peito com o quarto fechado? É o silêncio que dói?
Outra vez, escutei uma música: “desilusão, desilusão... danço eu, dança você, na dança da solidão”....
Será que é a desilusão que traz a solidão? Quando me desiludo com alguém, aí a companhia perde a graça, e então, fico sozinho? Então quem sabe, a solidão seja uma escolha. Não existe um amigo que seja perfeito, mas só porque ele tem um defeitinho, ou defeitão, às vezes escolho perder o contato. E será que eu não posso me relacionar com ele apesar dos defeitos? Afinal, eu também os tenho.
Freud falou, há algum tempo sobre a dor do desamparo. Primeiro, somos jogados no mundo sem pedir para estar aqui, estamos submissos à vontade do Outro. Estar à mercê, estar sozinho nessa enxurrada de sentimentos, de fato, é muita falta de amparo pra humanos tão humanos, meros mortais como nós. Des – amparo, sentido na carne.
Já dizia Clarice Linspector:
“Que minha solidão me sirva de companhia.
que eu tenha a coragem de me enfrentar.
que eu saiba ficar com o nada
e mesmo assim me sentir
como se estivesse plena de tudo”.
É verdade, a gente não sabe mesmo lidar com a solidão. E a gente implora, como implorou Clarice, pra que mesmo a solidão, nos faça companhia.
De fato, a solidão não é contagiosa, antes fosse.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
VOCÊ TEM FOME DE QUE? A FOME DA FALTA
A falta deu o que faltar... quer dizer, o que falar.
Na última coluna, ao abordar a "insaciável insaciabilidade do ser", comentários não faltaram pra falar da falta.
O que falta? Por que falta? Falta do que? Falta ter ou falta não ter?
Pois então, frente a todas estas perguntas, a devolvo: "o que é essa falta que não cessa frente ao objeto que eu escolhi para tamponar o que falta em mim?".
Os bebês de colo se pudessem falar horas depois que nascem, contariam histórias enlouquecedoras, tenho certeza. Primeiro, o bebê nasce. Logo que conhece as luzes do mundo externo, lhe é dado o seio; a mãe lhe ordena: "-mame!". Imperativo, ordem de um outro grandão. Enquanto ele ainda não sabe o que é boca, nem seio, numa tentativa meio cega e inteiramente tumultuada, descobre que é a boca que deve envolver o seio. Ok! Muito bem! Mamãe, esse outro grandão sorri pra mim e sinto que ela fica feliz.
- "Cumpri minha missão". pensa o bebê. Porém, assim que pego o jeito da mamada, sou arrancado do peito e começam a me socar as costas, o que é isso? Sei lá, um mal-estar, uma pressão, algo estranho, esquisito (bom, até agora, nada tem sido menos do que esquisito), até que um arzinho sai da minha boca. Opa! Mamãe, o mesmo ser que me coloca o peito na boca e me soca nas costas deu um sorriso. Acho que ela está feliz de novo! Não bastasse todo esse ritual, agora ela quer que eu durma, que eu acorde que eu dê um sorrisinho, que eu faça xixi, que eu não chore, que eu durma de novo, que eu acorde, que eu mame no peito, que eu me entretenha com o bichinho, que eu durma no bercinho que eu tome o suquinho, que eu engatinhem que eu dê os primeiros passos, que do bê-a-bá eu passe para as palavras, que eu me forme, que eu tenha sucesso, seja rico, trabalhador, não respondão, cativante, estudioso, responsável, educado, grato e feliz! Só isso.
Com tanta demanda, só enlouquecendo, ou se estruturando de uma vez.
É todo esse desejo da mãe, que no momento em que é preenchido, ela muda de idéia, e fala: "agora não é mais isso", que do dormir passa para o acordar, que do comer passa para o brincar, que do engatinhar passa para o andar, é toda essa falta NA MÃE; falta, porque ela demanda o tempo todo que seja preenchida e que o bebê tenta preencher, que dá a estruturação necessária pra que ele possa sim, mamar, dormir, acordar, brincar, não chorar (e chorar de vez em quando também), engatinhar, andar, falar, estudar, se formar, trabalhar, e tentar... ser feliz.
É o desejo desse Outro Grandão que me estrutura e que me constitui. E é sempre esse "tem algo faltando", o responsável por permitir que eu tente preencher e que não preencha de verdade, porque se for completo e pleno demais, não sobra espaço pra faltar de novo e fazer tudo circular.
A vida deve ser um mau encontro.
Aquele que sempre deixa a gente com sensação de quero mais, o que a gente acaba por perceber que de mau, não tem nada. É o mau / bom
encontro.
Porque se for demais, vira overdose, e tudo que é over, é dose!
Na última coluna, ao abordar a "insaciável insaciabilidade do ser", comentários não faltaram pra falar da falta.
O que falta? Por que falta? Falta do que? Falta ter ou falta não ter?
Pois então, frente a todas estas perguntas, a devolvo: "o que é essa falta que não cessa frente ao objeto que eu escolhi para tamponar o que falta em mim?".
Os bebês de colo se pudessem falar horas depois que nascem, contariam histórias enlouquecedoras, tenho certeza. Primeiro, o bebê nasce. Logo que conhece as luzes do mundo externo, lhe é dado o seio; a mãe lhe ordena: "-mame!". Imperativo, ordem de um outro grandão. Enquanto ele ainda não sabe o que é boca, nem seio, numa tentativa meio cega e inteiramente tumultuada, descobre que é a boca que deve envolver o seio. Ok! Muito bem! Mamãe, esse outro grandão sorri pra mim e sinto que ela fica feliz.
- "Cumpri minha missão". pensa o bebê. Porém, assim que pego o jeito da mamada, sou arrancado do peito e começam a me socar as costas, o que é isso? Sei lá, um mal-estar, uma pressão, algo estranho, esquisito (bom, até agora, nada tem sido menos do que esquisito), até que um arzinho sai da minha boca. Opa! Mamãe, o mesmo ser que me coloca o peito na boca e me soca nas costas deu um sorriso. Acho que ela está feliz de novo! Não bastasse todo esse ritual, agora ela quer que eu durma, que eu acorde que eu dê um sorrisinho, que eu faça xixi, que eu não chore, que eu durma de novo, que eu acorde, que eu mame no peito, que eu me entretenha com o bichinho, que eu durma no bercinho que eu tome o suquinho, que eu engatinhem que eu dê os primeiros passos, que do bê-a-bá eu passe para as palavras, que eu me forme, que eu tenha sucesso, seja rico, trabalhador, não respondão, cativante, estudioso, responsável, educado, grato e feliz! Só isso.
Com tanta demanda, só enlouquecendo, ou se estruturando de uma vez.
É todo esse desejo da mãe, que no momento em que é preenchido, ela muda de idéia, e fala: "agora não é mais isso", que do dormir passa para o acordar, que do comer passa para o brincar, que do engatinhar passa para o andar, é toda essa falta NA MÃE; falta, porque ela demanda o tempo todo que seja preenchida e que o bebê tenta preencher, que dá a estruturação necessária pra que ele possa sim, mamar, dormir, acordar, brincar, não chorar (e chorar de vez em quando também), engatinhar, andar, falar, estudar, se formar, trabalhar, e tentar... ser feliz.
É o desejo desse Outro Grandão que me estrutura e que me constitui. E é sempre esse "tem algo faltando", o responsável por permitir que eu tente preencher e que não preencha de verdade, porque se for completo e pleno demais, não sobra espaço pra faltar de novo e fazer tudo circular.
A vida deve ser um mau encontro.
Aquele que sempre deixa a gente com sensação de quero mais, o que a gente acaba por perceber que de mau, não tem nada. É o mau / bom
encontro.
Porque se for demais, vira overdose, e tudo que é over, é dose!
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
VOCÊ TEM FOME DE QUE?
Bebida é água!
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
Se tudo o que é comestível, é comida...
Por que que eu tenho vontade de comer certas coisas e outras não?
Se bebida, é tudo que é líquido, por que eu tenho vontade de alguns, e de outros não?
Como diz a música dos Titãs... a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte, a gente não quer só... a gente não quer só... a gente não quer só...
A gente quer isso, e mais um monte de coisa.
Quando tiver tal coisa, aí sim, tudo será perfeito... quando comprar, quando tiver, quando alcançar... mas a gente compra e quer mais... a gente tem, e quer mais... a gente alcança e quer mais...
A gente não quer só, a gente quer mais.
Essa insaciável insaciabilidade do ser... essa insaciável vontade de ter, e depois que agente temm, percebe que não é tudo.
O que move e o que eu tenho ou o que me falta? E que falta é essa que jamais cessa?
O que é isso que faz laço em alguns objetos, contorna, envolve e depois deixa cair?
Uma vez escutei uma pessoa respondendo à pergunta de um vendedor de loteria: Ele diz:
- Quer comprar, moça? , e ela então responde,
- Não, moço... muito obrigada! Já pensou se eu ganho?, e dava risada.
Ora, se o medo é de ganhar, então o que se teme não é a pobreza, mas a fortuna. É o cheio, não o vazio; a commpletude, não a falta.
A gente não quer só diznheiro, a gente quer dinheiro e felicidade...
"A gente não quer só dinheiro, a gente quer inteiro e não pela metade"... será mesmo? será mesmo qu ea gente quer o inteiro? Será que a vida toda a gente não sai buscando metades pra preencher? Pra com...pletar?
E quando a gente completa?
Aí a gente quer mais metade, pra se deixar fazer inteiro novamente.
Não vou atrás do que já tenho, vou atrás do que não tenho, porque aí as coisas fazem sentido.
A gente tem sede da falta, e não do completo. Se nada me falta, fico pleno, e é isso que eu temo, porque nada é mais pleno do que a morte.
Você tem fome de que?
Comida é pasto!
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?...
Se tudo o que é comestível, é comida...
Por que que eu tenho vontade de comer certas coisas e outras não?
Se bebida, é tudo que é líquido, por que eu tenho vontade de alguns, e de outros não?
Como diz a música dos Titãs... a gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte, a gente não quer só... a gente não quer só... a gente não quer só...
A gente quer isso, e mais um monte de coisa.
Quando tiver tal coisa, aí sim, tudo será perfeito... quando comprar, quando tiver, quando alcançar... mas a gente compra e quer mais... a gente tem, e quer mais... a gente alcança e quer mais...
A gente não quer só, a gente quer mais.
Essa insaciável insaciabilidade do ser... essa insaciável vontade de ter, e depois que agente temm, percebe que não é tudo.
O que move e o que eu tenho ou o que me falta? E que falta é essa que jamais cessa?
O que é isso que faz laço em alguns objetos, contorna, envolve e depois deixa cair?
Uma vez escutei uma pessoa respondendo à pergunta de um vendedor de loteria: Ele diz:
- Quer comprar, moça? , e ela então responde,
- Não, moço... muito obrigada! Já pensou se eu ganho?, e dava risada.
Ora, se o medo é de ganhar, então o que se teme não é a pobreza, mas a fortuna. É o cheio, não o vazio; a commpletude, não a falta.
A gente não quer só diznheiro, a gente quer dinheiro e felicidade...
"A gente não quer só dinheiro, a gente quer inteiro e não pela metade"... será mesmo? será mesmo qu ea gente quer o inteiro? Será que a vida toda a gente não sai buscando metades pra preencher? Pra com...pletar?
E quando a gente completa?
Aí a gente quer mais metade, pra se deixar fazer inteiro novamente.
Não vou atrás do que já tenho, vou atrás do que não tenho, porque aí as coisas fazem sentido.
A gente tem sede da falta, e não do completo. Se nada me falta, fico pleno, e é isso que eu temo, porque nada é mais pleno do que a morte.
Você tem fome de que?
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