Esta semana, tive a oportunidade de curtir muito minha afilhada. Sim, sou madrinha. Fada madrinha? Não... só madrinha. O que pra mim, já é muito honroso.
Você pode me perguntar como é esta criança, de quem, tenho o prazer de ter um título tão importante assim...
Bom, ela é fofa... Linda, querida, tem olhos azuis, linda, doce, linda, animada, linda, inteligente, linda, graciosa, linda, e não só por fora... Sua voz é como música para os ouvidos e sua risada, gotas de felicidade. Como crianças fazem bem pra gente! Elas alegram o dia com o seu encantamento, acham graça pelas coisas mais simples como assoprar um papel e vê-lo voar, se esconder atrás de uma árvore, cantar a musiquinha do sapo... e como aprendem rápido o que escutam e observam.
A infância é aquela parte da vida em que se absorve tudo, em que as primeiras representações são instaladas e de onde a gente vai inconscientemente tentar repetir na idade adulta. Traço unário, já dizia Lacan. Aquilo que se instala ali, segundo o desejo deste Outro Primordial que é a mãe.
Assim crescemos e nos tornamos adultos.
Os pais têm papel fundamental no desenvolvimento da criança; nesta etapa, são responsáveis pelo sustento e pelos aspectos psicológicos dela também. Incentivá-la, protegê-la, cuidá-la. Mas o mais importante, amá-la. É ao redor deste mundo que os pais criam, que a criança vai se desenvolver, vai fazer escolhas baseadas nesta experiência, vai seguir caminhos e deixar outros.
Claro que nem tudo são flores, há situações difíceis, penosas, sofridas, e grande parte da angústia dos pais, é fazer com que seus filhos não passem por sofrimentos. Missão difícil; quase impossível, já que a própria vida é feita de altos e baixos, alegrias e tristezas. O importante mesmo, é fazê-los lidar com as dificuldades, encontrar caminhos, muní-los de capacidade para que possam enfrentar os problemas. (Missão mais difícil ainda do que tentar deixá-los sem problemas); porém, é o caminho mais seguro, pois é enfrentando as dificuldades que a gente é feliz, é indo a luta, é torcendo e se arriscando, assim como fazem as crianças. Elas não pensam no perigo, elas têm vontade. Acordam com toda a energia e prontas pra mais um dia de estímulos e brincadeiras... e como se recuperam rápido! Podem cair, mas se levantam, choram um pouco, é claro, mas logo, logo, estão dispostas pra outra leva de emoções! Passam um dia curtindo cantigas, se escondendo atrás de roupas, brincando de esconde-esconde e fazendo festa! Acham graça no espirro do cachorrinho e na bolacha de chocolate...
Quanto temos que aprender com as crianças. Quanta vitalidade, energia, recuperação e entusiasmo. Lições que elas dão de dez a zero em gente grande.
Sim, eu sou a madrinha, mas ela é a fada.
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