sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

É LONDRES, MEU BEM!

Londres é uma cidade cosmopolita. Na rua você encontra londrinos, indianos, nova iorquinos, brasileiros, italianos. Todo mundo fala inglês, e todo mundo fala inglês com seu próprio sotaque. Tudo bem. Acentos à parte, a gente se entende.
Londres é também a sede de vários pontos turísticos incríveis. A começar pela própria cabine telefônica, que eu considero um ponto turístico especial, encontrada em cada esquina de Londres, mas conhecida em todo o mundo. Sim, é aquela cabininha vermelhinha, com vidro em moldura retangular. Fofa. Londres tem também uma forte influência na política, finanças, educação, entretenimento e mídia, e é em Londres que estão sediadas também as mais importantes empresas da Inglaterra. Ah, sem contar a rainha... que traz sempre um glamour a mais para a cidade. Mas apesar de todos estes atrativos, o que me levou a Londres dessa vez, não foi a rainha ou o Big Ben. O que me levou a Londres dessa vez foi uma pessoa. Uma pessoa muito especial, que me conhece desde que eu nasci. É legal falar isso. É interessante também. Será que a pessoa que conhece a gente desde que a gente nasce nos conhece melhor do que a gente mesmo? Talvez sim, talvez não.
Tem pessoas que nos conhecem melhor do que a gente. E tem pessoas que só de nos ouvirem, escutam melhor do que a gente o que está passando na nossa cabeça. Quando a gente está envolvido em algum problema, ou situação, às vezes não consegue enxergar muito bem o que se passa. Ficamos à mercê. À mercê dos sentimentos, à mercê das relações. À mercê do lugar que ocupamos, simplesmente (ou não tão simplesmente assim), à deriva. Em Londres, aconteceu uma coisa que mudou a vida da pessoa que me conhece há tanto tempo. Em Londres, ela conheceu alguém, e ficou à deriva. Alguém que mudou a vida também por causa da pessoa que me conhece. Confuso, né? Bom, pra resumir, eles mudaram suas vidas porque se conheceram.
Interessante como tem coisas na vida que escapam do nosso controle. A história desse casal, que se conheceu em Londres, começou por acaso, como eles mesmos contam, sem a menor pretensão de acontecer. E isso me lembra aquela música do Lulu, que diz: “eu gosto tanto de você que até prefiro esconder, deixo assim ficar, subentendido... como uma idéia que existe na cabeça e não tem a menor pretensão de acontecer”. Talvez tenha sido assim. Sem a menor pretensão de que aquele simples cumprimento, que aquela simples conversa fosse virar amor. E assim, continua a música com a parte: “pode até parecer fraqueza, mas que seja fraqueza, então... a alegria que me dá isso vai sem eu dizer”. Acho que é assim que eles se sentem. Porque o que nos acomete como sentimento, foge ao controle. Londres pra eles, tem um lugar muito especial no coração, o que acaba chamando pra lá, muitos que estão envolvidos com eles, afinal, foi lá, que o inesperado sem pretensão aconteceu, mas a diferença, é que podia ser Londres, podia ser Nova Yorque, podia ser a Índia. Pra eles Londres pode mudar, mas o “meu bem”, não.

Um comentário:

  1. Aii Pri que lindo esse texto, e lendo ele me lembrei do dia do casório, da pessoa que te conhece desde que vc nasceu...

    Foi muito lindo mesmo! e vc me fez chorar akele dia viu ?

    é isso aê..

    bju gde!

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